terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O fim do Horário Nobre

É cada vez mais complexo a tarefa de elaborar um plano de mídia, ainda que os índices maiores de audiência continuem no período noturno já não há mais espaço para as “mídias da mãe” (aquelas que até sua mãe pode bolar uma programação) como diz alguns autores do tema.

Acontece que passamos por uma mudança social na qual chegar em casa sempre no mesmo horário, jantar,sentar a frente da TV e assistir o jornal e a novela há muito já não são prioridades nas agendas. Sendo que as informações sobre o que acontece no mundo e o desenrolar das dramaturgias e realities shows estão pulverizadas em sistema transmídia, permitindo o acompanhamento em meios variáveis cada um em seu tempo, não mais condensado em uma única faixa horária e em único local.

Alguns fatores cotidianos contribuíram com a “queda” do horário nobre tanto em audiência quanto na atenção a tradicional forma de consumo, destacando alguns:

- Os horários de expediente estão cada vez mais elásticos, (através de terceirizações, excluindo as relações patrão – empregado);

- As estruturas de tráfego urbanas aproximam-se do nível de saturação não dando vazão ao fluxo nos horários de pico (estes, por sua vez, cada vez maiores também);

- As opções de canais fechados e pacotes de internet banda larga estão cada vez mais acessíveis a novos níveis econômicos. Migrando audiência às novas opções de entretenimento, zapping e divisão de atenção.

Dentre outras situações, é percebido que a massa não deixa de consumir mídia, mas é necessária uma sensibilidade maior para perceber aonde destinar as forças do anunciante para a comunicação ser efetiva.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Raciocínio de mídia na construção local de marca

É possível afirmar que a comunicação e o marketing assim como diversas outras atuações das organizações tendem à customização e por isso o raciocínio de mídia deve englobar as novas ferramentas e possibilidades de interação entre marca e consumidor convergindo conteúdos independentemente das plataformas construindo lovemarks e transformando consumidores em multiplicadores da marca.

A realidade de mercado é resultante da credibilidade da marca e a contingência das concorrentes. A quantidade de intervenções comerciais é tamanha que põem em cheque a veracidade das informações sobre atributos e benefícios dos produtos, surgindo um novo paradigma do referencial de qualidade das marcas, a consulta a prosumers baseada na experiência com o produto.

Diante dessa nova realidade, é imprescindível que as organizações repensem a distribuição de mídia, priorizando meios que integrem o conceito da marca e possibilitem o diálogo entre empresa e seu target. Apesar da acessibilidade e da difusão das novas plataformas e tecnologias de comunicação estar presentes em nosso mercado, cabe à gerência da marca adequar seus esforços de publicidade com o contexto do local em que está inserida, priorizando argumentos que darão subsídios à construção da imagem da organização e seu posicionamento.

Em alguns casos, marcas têm o potencial de diferenciar-se das demais concorrentes apoiando-se no argumento de sua qualidade competitiva e sua regionalização com raciocínios de marketing arraigados na cultura local pela sua própria fundação e/ou fortalecimento da economia regional, possibilitando a aproximação com seu consumidor e maior conhecimento de seu público e seu comportamento de consumo que auxilia na melhor seleção dos meios a serem utilizados para efetivar o diálogo entre as partes.

A otimização do planejamento de mídia resulta do racionamento de recursos e da ampliação de seus resultados, visando baratear a comunicação das empresas, serviços e produtos utilizando o repertório de meios e realizar a troca de conteúdo persuadindo os atributos e benefícios da marca mantendo o caráter de suas informações coerentes com os valores da marca desenvolvendo a experiência de marca junto a seus consumidores, respeitando a soberania deste também na comunicação organizacional, permitindo que o interessado receba a informação publicitária quando quiser e da maneira que quiser.

domingo, 7 de junho de 2009

Paixão Nacional

Diariamente experimentamos marcas dos mais variáveis produtos, mas existem marcas que não abrimos mão. Tratam-se das nossas maiores lovemarks que são os nossos clubes de futebol e não as trocamos por nada e fazemos questão de acompanhar a evolução de nossos clubes. Romário afirmava que tinha o compromisso de jogar bem pois via nas arquibancadas pessoas que mal tinham comida no prato mas não deixavam de acompanhar de perto sua maior paixão.
Esta caricatura radical do consumo dos torcedores transparece bem que independente das condições, haverá sempre um lugar privilegiado ao futebol nas hierarquias de consumo. Diante desta percepção, foi encomendada uma pesquisa que visa conhecer o comportamento de consumo do torcedor carioca, elaborada em 2008 e recentemente publicado no portal do Globoesporte.com (http://oglobo.globo.com/esportes/mat/2009/06/05/perfil-dos-torcedores-do-rio-756224667.asp )
Um argumento desta paixão dos torcedores pelos seus clubes é o caso do Vasco da gama, que no ano em que disputa a série B do campeonato brasileiro encontra forças e apoio em sua torcida para provar que é o clube da virada. Lançado a menos de um mês, a campanha “o Vasco é meu” visa atingir o cadastro de 100 mil novos sócios e precocemente já apresenta o resultado se aproximando do cadastro de 25 mil torcedores em cotas a partir de R$20 mensais. http://www.ovascoemeu.com.br/
Não faltam provas de relação de fidelidade entre os consumidores e seus clubes em plena crise de marca, prova disso foi o rebaixamento corintiano altamente lucrativo em 2008 fazendo valer o nome de sua torcida “gaviões da fiel”.
Sem dúvidas é bastante enriquecedora e válida a associação de uma marca com a paixão nacional, tem efeito imediato de retorno e abre terreno para aprovação das multidões de torcedores se predisporem ao consumo de marcas aliadas a seus clubes.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Crianças, a arma do negócio

Este post é para propagar o excelente documentário produzido pela Maria Farinha e está em destaque na home do MSN.Chama-se “Criança, a arma do negócio” (http://video.msn.com/?mkt=pt-br&vid=27ffab36-ac14-49a1-8837-d58aba319e7b&from=PTBR_msnvideo&tab=s1192538568241 ) trata-se de um raio-X do comportamento de consumo das crianças, mas mais do que isso, aponta o nível de alienação do consumo nacional.

Acho válida a discussão sobre o documentário e se alguém se interessar, poderíamos fazer uma sessão de exibição por aí. Concordo com muitos argumentos do vídeo, mas acho que a responsabilidade deste consumo está muito mais para os pais (na falta de pulso para orientar seus filhos e na negligência) do que na propaganda propriamente dita.

Diante dessa realidade, questiono o próximo passo do consumo e educação infantil. Hoje, mostram-se as camadas das inclusões em “quem tem” separando-se dos “marginalizados”. Aposto no futuro, havendo a camada extra com o lúdico e o construtivismo sendo elitizado em relação ao materialismo e futilidades, reformando valores transgressores à “evolução de consumo” que conhecemos atualmente.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

1º de Abril

Apesar da data, iria retomar as postagens no blog nas quartas e já estava com um texto pronto que fugia da temática do dia da mentira. Foi quando entrei no site do Lance! que me surpreendi com a brincadeira editorial com a data.

Aprontaram com notícias curiosas como “Vasco está de olho em contratação de Obina”, que quando clica no link abre a página revelando a brincadeira de 1º de Abril. Além do diferencial do editorial, possibilita a interação com o leitor, podendo mandar e-mails colaborando com notícias que gostaríamos ou não que fossem verdades.

Obviamente, que fora a data do dia da mentira, acho bem interessante esse caminho de interatividade dos leitores construírem pautas e matérias dos editoriais. Resultando em maiores números de visitantes e retenção nos meios Online além de apurar facilmente e de maneira direta os interesses de seu publico-alvo.

Quem quiser conferir: http://msn.lancenet.com.br/

sexta-feira, 27 de março de 2009

[Bens comuns e a coletividade]

Vivo em uma cidade onde começou a aparecer algumas falhas comuns a outros centros urbanos, pondo definitivamente em questão o título de capital da qualidade de vida. Infelizmente já no primeiro trimestre de 2009 temos um rodízio de água que "preocupa" a população. (Escrevo entre áspas porque esta preocupação é relativa, acho q a palavra mais adequada seria apenas "incomoda" devido à apatia da comunidade).

Essa situação me faz repensar sobre o comportamento de consumo de bens comuns e a consciência coletiva.

Sabemos que bens como água e energia estão se esgotando em velocidade absurda, mas a reação que vejo dos condôminos de onde moro ao ser anunciado o corte do fornecimento de água, é um verdadeiro estouro da manada às vésperas. Todos correm para utilizar os ultimos litros que ainda restam praticando "a lei de Gerson" levando vantagens independente das necessidades alheias.Por sinal, este comportamento é o grande fator que nos levou a este ponto, vejamos o apagão no início dos anos 2000 e o o pouco que aprendemos com tal situação.

Particularmente, não acho legal esta atitude e acredito que a consciência de impacto de consumo deveria ser um exercício para toda e qualquer forma de consumo.

- Consumo é um investimento, que pode trazer bons ou maus retornos. -